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terça-feira, 9 de abril de 2013

A Máquina do Mundo






E como eu palmilhasse vagamente
uma estrada de Minas, pedregosa,
e no fecho da tarde um sino rouco

se misturasse ao som de meus sapatos
que era pausado e seco; e aves pairassem
no céu de chumbo, e suas formas pretas

lentamente se fossem diluindo
na escuridão maior, vinda dos montes
e de meu próprio ser desenganado,

a máquina do mundo se entreabriu
para quem de a romper já se esquivava
e só de o ter pensado se carpia.

Abriu-se majestosa e circunspecta,
sem emitir um som que fosse impuro
nem um clarão maior que o tolerável

pelas pupilas gastas na inspeção
contínua e dolorosa do deserto,
e pela mente exausta de mentar

toda uma realidade que transcende
a própria imagem sua debuxada
no rosto do mistério, nos abismos.

Abriu-se em calma pura, e convidando
quantos sentidos e intuições restavam
a quem de os ter usado os já perdera

e nem desejaria recobrá-los,
se em vão e para sempre repetimos
os mesmos sem roteiro tristes périplos,

convidando-os a todos, em coorte,
a se aplicarem sobre o pasto inédito
da natureza mítica das coisas,

assim me disse, embora voz alguma
ou sopro ou eco o simples percussão
atestasse que alguém, sobre a montanha,

a outro alguém, noturno e miserável,
em colóquio se estava dirigindo:
“O que procuraste em ti ou fora de

teu ser restrito e nunca se mostrou,
mesmo afetando dar-se ou se rendendo,
e a cada instante mais se retraindo,

olha, repara, ausculta: essa riqueza
sobrante a toda pérola, essa ciência
sublime e formidável, mas hermética,

essa total explicação da vida,
esse nexo primeiro e singular,
que nem concebes mais, pois tão esquivo

se revelou ante a pesquisa ardente
em que te consumiste... vê, contempla,
abre teu peito para agasalhá-lo.”
i
As mais soberbas pontes e edifícios,
o que nas oficinas se elabora,
o que pensado foi e logo atinge

distância superior ao pensamento,
os recursos da terra dominados,
e as paixões e os impulsos e os tormentos

e tudo que define o ser terrestre
ou se prolonga até nos animais
e chega às plantas para se embeber

no sono rancoroso dos minérios,
dá volta ao mundo e torna a se engolfar
na estranha ordem geométrica de tudo,

e o absurdo original e seus enigmas,
suas verdades altas mais que tantos
monumentos erguidos à verdade;

e a memória dos deuses, e o solene
sentimento de morte, que floresce
no caule da existência mais gloriosa,

tudo se apresentou nesse relance
e me chamou para seu reino augusto,
afinal submetido à vista humana.

Mas, como eu relutasse em responder
a tal apelo assim maravilhoso,
pois a fé se abrandara, e mesmo o anseio,

a esperança mais mínima — esse anelo
de ver desvanecida a treva espessa
que entre os raios do sol inda se filtra;

como defuntas crenças convocadas
presto e fremente não se produzissem
a de novo tingir a neutra face

que vou pelos caminhos demonstrando,
e como se outro ser, não mais aquele
habitante de mim há tantos anos,

passasse a comandar minha vontade
que, já de si volúvel, se cerrava
semelhante a essas flores reticentes

em si mesmas abertas e fechadas;
como se um dom tardio já não fora
apetecível, antes despiciendo,

baixei os olhos, incurioso, lasso,
desdenhando colher a coisa oferta
que se abria gratuita a meu engenho.

A treva mais estrita já pousara
sobre a estrada de Minas, pedregosa,
e a máquina do mundo, repelida,

se foi miudamente recompondo,
enquanto eu, avaliando o que perdera,
seguia vagaroso, de mão pensas.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

O coração



O desejo do meu coração é olhar seus sentimentos de verdade
Enquanto no meu peito sofre a dor de um amor perdido
Em voce encontrei a felicidade e a paixão calorosa para aquecer  meu destino.

Entre as escritas o poeta  vai contornando sua vida, oh saudade do meu coração.
O meu peito está aberto na espera de um abraço espontâneo, do seu coração
Vermelho de rosas perfumadas, para cheirar a fragância da sua alma, oh minha querida

Ao abrir meu livro penso no seus traços, a leitura vem do seu corpo
Contornando a mente de um menino, que busca a realidade
Que está além dele, mas não impossivel para os vencedores

O amor que bate no peito é uma saudade imensa do seu sorriso
De menina, isso transcende a alma de um coração iluminado
Pelas suas conquistas e derrotas, durante sua missão.

sábado, 21 de julho de 2012

Bom dia! faz tempo que não escrevo mais nesse blog, nem poemas e poesias, no momento estou ausente da escrita, ultimamente só estudando. Mas, quem quiser dar uma olhada no poemas fique a vontande embora muitos antigos. Tenham um bom final de semana.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Carpe Diem (Aproveite o dia)

"Sem a música, a vida seria um erro"(Nietzsche).

sábado, 14 de janeiro de 2012

BOA VINDAS

Olá pessoal ótima boa tarde, estarei escrevendo poemas, e poesias, estava faz quase uns 6 meses parado sem escrever, agora estou com gás todo, e tudo o que tiver de interessante estarei postando, abraços e acompanhe o meu blog com nosso visual e endereço

terça-feira, 14 de junho de 2011

A noite





Na calada de noite
Sinto aquele vento
As folhas das árvores se movimentam
As estrelas brilham...

O pensamento vaga durante as luzes
Uma luz iluminou meu caminho
A porta fechou...
Quando se aprende a amar o céu é perfeito
Isso por causa da espera de alguém

Olhando minha cachorrinha
Dorme sem frio, ao relento da escuridão.
Enquanto olha para casa
Vejo a imagem do seu coração
Abro a porta da emoção
Isso é poesia

Saudade de uma promessa do menino...

domingo, 12 de junho de 2011

Namorados




Ao olhar para o sol
vejo seu olhos, sua boca
voçe é a estrela que brinha
Dentro do meu coração...


Paixão ao lado da sua cama
Somos dois apaixonados...
o meu ser vive dentro de voçê...
Sentimentos sincero de um homem...


Ao ver um presente, uma rosa.
é seu coração batendo....
O meu pulso está sempre acelerado...
Não tenho palavras para falar...


Tudo é paixão, quando voçê chora...
Alegria está na porta do seu coração
Com a janela da vida, vejo melhor 
você
Minha doce menina...



Na viagem do tempo, voçê foi o meu abrigo.